O que é Cromoscopia Digital?
A cromoscopia consiste na aplicação de agentes que realçam a superfície da mucosa gastrointestinal, assim permitindo que haja uma melhor avaliação da mucosa do intestino durante a realização da endoscopia. Esta é uma técnica simples e bastante segura, e permite realçar a mucosa de diferentes órgãos do corpo como o esôfago, estômago, duodeno, intestino, cólon e reto.
Podem ser usados diferentes tipos de agentes de cromoscopia, que varia de acordo com o objetivo da endoscopia e o órgão avaliado. Entre os agentes mais utilizados destacam-se o lugol, o azul de metileno, o índigo carmim e o ácido acético.
A cromoscopia tem sido cada vez mais usada no rastreio de neoplasias gastrointestinais, e principalmente em populações de risco, como pessoas com retocolite ulcerativa, esôfago de Barret, megaesôfago e pessoas doentes com risco aumentado de neoplasias do estômago. Existem estudos que têm provado a sua eficácia nestes contextos. A cromoscopia pode também ser utilizada nas endoscopias de controle em pessoas doentes que foram submetidos à ressecção de neoplasias para uma melhor avaliação da mucosa e diagnóstico mais precoce de uma recidiva ou de uma nova lesão.
Uma nova técnica de cromoscopia vem ganhando espaço, é a “cromoscopia eletrônica”. Ela é feita através da utilização de filtros de luz no aparelho e permite uma melhor observação semelhante à cromoscopia convencional sem a necessidade de corantes. As técnicas digitais permitem um maior realce dos vasos e do relevo do intestino, na superfície da mucosa, além de poderem ser associados à magnificação da imagem.
Conheça as vantagens:
- Permite uma melhor avaliação em pacientes com doenças celíacas, permitindo biópsias em áreas com suspeitas, melhorando a precisão do exame.
- Permite direcionar as biópsias para as áreas mais suspeitas ou áreas com alteração sugestivas.
- Acompanhamento de pacientes com doenças intestinais e lesões displásicas.
- Encontra lesões precoces em pacientes com alto risco.
- Avaliação da profundidade de lesões neoplásicas no estômago, reto, esôfago e cólon. Através da avaliação dos vasos e relevo da mucosa intestinal é possível estimar a profundidade da invasão.